sábado, 9 de janeiro de 2010

Esperança renovada...

Voltei ao meu eixo...
Voltei a esperar aquele antigo desfecho...
Outra vez seguro das minhas convicções...
Colocando em prática as antigas decisões...
Decidi recuperar os sonhos esquecidos...
E correr atrás daquilo que foi banido...
Reativar o sonho de ser feliz...
E olha... Não desisti por um triz!!!
Quase arranquei a árvore pela raiz...
Quase implodi aquilo o que em anos construí....
Mas retomei as rédeas....
Refiz as contas e tirei as médias...
E a decisão final foi manter a coluna vertebral...
Chutei o pau da barraca, mas agora preciso de novas estacas.
O novo ano chegou e com ele zerei o velocímetro da esperança...
Ela tá novinha, com um ronco forte no motor, com mais cavalos de potência...
Tá renovada a paciência, está reformada a consciência....
Diante da imensidão do mundo, aquilo que preocupa, que tira a paz se torna tão pouco profundo.
Que venha ele, o mundo, que venha o imundo...
Que venha a correnteza, e as incertezas...
Que venham as adversidades, as rugosidades...
Tudo isso será apenas um disco furado.
Tudo já foi vivido no passado.
Realizar é o lema...
Felicidade é o tema...
Voltei ao meu eixo...
Com a esperança renovada luto pelo meu feliz desfecho.

Euler Rocha

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O Tempo que me intriga...

O tempo vai dizer quem eu sou...
Ele já começa a dizer o que sou...
Ele me intriga...
Ele me instiga...
Passa e não volta, mas está presente...
Nem o vi passar.
Nem percebi as rugas...
Nem caminhei na chuva...
Nem plantei um pé de uva...
Mas ele passou...
Ele curou as feridas...
E me deu de presente, duas vidas.
Ah, que louco este tempo!!! Na cabeça só tem vento....
Me distraí e de repente foi o tempo.
Ele realmente não para, de repente o futuro se depara.
Ele me intriga, porque ele não briga.
Mas apenas vence.
Nem tente, nem pense, ele vence.
Ele passa e faz a vida passar, mas ao mesmo tempo permanece.
É louco, é rei e não importa se eu errei, ele passou e nem notei.
Eu aprendo, eu cresço, mas o erro tá feito, ele passa, seu motor não tem defeito.
Ele não tem amigo, ele não precisa de abrigo...
Todos se vão e ele fica, ele permanece e não se danifica.
Ele faz germinar e faz deteriorar...
Ele não é amável, mas sim implacável... Nunca perdoa, tão pouco se doa...
Passa mais devagar, se você está a toa.
Passa voando se você tá labutando...
Passa por cima, se você desanima...
Enfim, ele vai dizer quem serei eu...
Só ele vai ser capaz de decifrar seu próprio estigma.
Só ele vai ser capaz de decifrar o meu enigma.

Euler Rocha