domingo, 22 de maio de 2011

Ele se foi
Ele se foi...
Eu tinha muito medo que isso acontecesse...
Era um temor aterrorizador...
Era o meu maior temor...
Aconteceu...
Vou conviver com esta dor...
E como não há mais o que temer...
Só me resta vencer...
Só me resta realizar os seus desejos...
Banir os meus medos...
Expulsar os demônios...
Tornar tudo possível...
Tornar tudo viável...
Tornar tudo plausível...
Finalizar as metades...
Concluir as paredes...
Concretizar coisas etéreas...
Transformar o que é vago em matéria.
Mesmo ainda de luto, eu vou à luta...
Não deixar a casa ruir...
Tão pouco a peteca cair...
Tê-lo como alicerce...
E construir algo bom, por ele, pois ele merece...
Tê-lo como exemplo...
Exemplo, que transpassará o tempo...
Exemplo que será o meu alento...
Ele se foi...
Dele a vida foi banida...
Mas deixou uma família unida...
Deixou uma família em concórdia...
Entre nós não houve discórdia...
Vivemos em nosso coração, o legado do grande João:
A união entre os irmãos e um apoio à nossa mãe, sem impor condição.

Euler Rocha